Artroscopia do Ombro

Nas últimas décadas, a prática da artroscopia do ombro atingiu o status no armamentário ortopédico de um adjunto bem aceito, se não essencial, para o diagnóstico e tratamento de problemas simples e complexos do ombro.
A capacidade de diagnóstico e reparo das doenças e lesões do ombro com técnicas
completamente artroscópicas é uma maravilhosa vantagem para os cirurgiões de ombro dos dias de hoje e seus pacientes. Com o desenvolvimento dos sistemas de videoartroscopias, nos tornamos capazes de visualizar com clareza e começamos a compreender os padrões e a progressão das doenças do ombro.”
– Osvandré Lech

A artroscopia serve tanto para diagnóstico, quanto para tratamento das lesões do ombro,
como por exemplo luxação glenoumeral, ruptura do manguito rotador, capsuliteadesiva, tendinite calcárea entre outras.
Trata-se de uma técnica menos invasiva, sem a necessidade da cirurgia aberta, sem desinserir o deltóide, e diminuindo o risco de lesão iatrogênica a outros tecidos normais.

Bursite

” Doutora, tenho bursite nos ombros! “

Pois bem, vamos lá:
Bursite é a inflamação de uma bursa.
A bursa  é uma bolsa sinovial, um saco membranoso revestido por células endoteliais. Ela pode ou não se comunicar com as membranas sinoviais das articulações.As bursas são os mais completos espaços de lubrificação. A função desta bolsa é evitar o atrito entre duas estruturas (por exemplo, tendão e osso ou tendão e músculo) ou proteger as proeminências ósseas. As bursas estão localizados próximas a articulações.

Há aproximadamente 50 bursas com nomes no corpo humano: várias bem importantes estão no ombro. As bursas subacromial e a muito relacionada bursa subdeltóidea são as mais importantes. Essas bursas servem para lubrificar o movimento entre o manguito rotador e o acrômio subjacente e as articulações acromioclaviculares. São as bursas mais importantes em processos patológicos do ombro e as que causam dor quando inflamam.
As bursas são espaços ocos, porém em estados patológicos podem ficar bem espessadas.

A bursite é decorrente de várias patologias e desordem na cintura escapular, como por exemplo:
– Sobrecarga;
– Síndrome do Impacto;
– Desequilíbrio da Musculatura ;
– Tendinite Calcárea;
– Pós – traumática;
– Artrite Reumatóide;
– Ruptura do Manguito Rotador ( lesão do (s) tendão do ombro );

– Entre outras.

Logo, a bursite não é a patologia em si. Você não tem bursite, está com bursite. Ou seja, com inflamação na bursa de seu ombro. Porém precisa descobrir a causa correta para o
tratamento adequado, que pode variar desde tratamento conservador até mesmo a necessidade de uma cirurgia.

Ruptura do Manguito Rotador

O manguito rotador é um complexo de quatro músculos:
– supraespinhal;
– infraespinhal;
– subescapular;
– redondo menor.
A inserção desses tendões como um manguito contínuo ao redor da cabeça umeral permite aos músculos do manguito promover uma variedade de movimentos: elevação, rotação externa, rotação interna, abdução, flexão…

A mecânica da ação do manguito é complexa, deve-se considerar três funções: 

1. rodam o úmero em relação à escápula

  2. comprimem a cabeça do úmero dentro da fossa glenóide funcionando como um importante estabilizador do ombro

3. promovem o equilíbrio muscular, interagindo com outros músclos da cintura escapular como por exemplo o deltóide, peitorais, possibilitando a harmonia ( e possibilidade ) dos movimentos.


A causa da ruptura do manguito rotador é multifatorial. Porém, salvo as causas traumáticas e por esforço físico ( trabalhadores braçais ), a principal causa é a degeneração. E a causa primária da degeneração do tendão é o envelhecimento.
As fibras do tendão do manguito tornam-se mais fracas com o desuso e como envelhecimento; conforme elas se tornam mais fracas, menos força é necessário para rompê-las.

” O envelhecimento é o fator contribuinte isolado mais
importante na patogênese das lesões dos tendões do manguito. “
Uhthoff e Sarkar

Sintomas:

Variam desde uma rigidez, fraqueza ou dor ( à elevação e noturna ), atrito, até a incapacidade de elevar o braço. O Diagnóstico faz-se através da Radiografia, para excluir outras patologias, como por exemplo, tendinite calcárea. Ou para ver
sinais indiretos de possível ruptura como diminuição do espaço subacromial ( a cabeça umeral ascende).
Ultrassom pode- se avaliar as condições do tendão e sua ruptura. Porém é examinador- dependente com possível falso negativo, ou seja, não detectar a lesão.

A Ressonância Magnética é o padrão ouro para o diagnóstico. Através da ressonância podemos averiguar a lesão, o tamanho da lesão, a condição do tendão ( se há substituição de suas fibras por gordura demonstrando ruim prognóstico), se há ou não
hipotrofia da musculatura do tendão em questão.
O tratamento varia de acordo com as condições do tendão, tamanho da lesão, idade do paciente…

Atualmente a Artroscopia é a técnica cirúrgica mais utilizada por ser uma técnica pouco invasiva, com visualização direta da lesão para melhor reparação.
É importante para o paciente saber que a maioria das lesões progridem, se tornando cada vez maiores e até mesmo podendo chegar à uma lesão irreparável.

Sendo assim, assim que for diagnosticada uma lesão do manguito rotador procure um especialista em Cirurgia de Ombro.

Tendinite Calcária dos Ombros

A tendinite calcárea caracteriza-se por depósitos de cálcio nos tecidos moles ao redor do ombro, mais comumente na face bursal do tendão supra espinhal, próximo à junção tendão -osso. Uma patologia ralativamente comum, sua origem não é comprovada. Alguns autores acreditavam ser uma fase de autocicatrização devido a uma inflamação local.
É mais frequente em mulheres entre 30 a 50 anos de idade. Por ser uma condição inflamatória apresenta 3 fases: aguda, subaguda e crônica.

Sintomas:
A tendinite calcárea causa uma dor excruciante. Com início espontâneo e rapidamente torna-se um quadro grave de dor, perda de movimento, edema localizado e incapacidade. Os sintomas agudos normalmente são autolimitados- 3 a 7 dias.

Na fase subaguda e crônica os sintomas dependem do tamanho e onde estão localizados os depósitos de cálcio. Pode variar de desconforto , dor leve e moderada, podendo perpetuar-se por meses esse quadro clínico semelhante a uma tendinite.
Já na fase de resolução, ou seja, de reabsorção há uma dor intensa na reabsorção total ou parcial da calcificação.

O diagnóstico é feito através de Radiografias simples e pode se confirmado por Ultrassom. Caso necessário pode -se usar a RNM. Precisamos ficar atentos ao tratamento da tendinite calcárea, pois conforme o aumento de tamanho do depósito, a pressão aumenta nos tecidos adjacentes, comprometendo os elementos vasculares e levando à necrose do tendão. 

Os depósitos mais agressivos levam a destruição das fibras tendinosas conforme o cálcio se infiltra e substitui os tecidos danificados.

O tratamento baseia-se no controle da dor com analgésicos, antiinflamatórios na fase aguda, fisioterapias analgésicas, antiinflamatórias e para o fortalecimento do manguito.
Eu, particularmente, faço o acompanhamento clínico e radiográfico. Faço uma RNM do ombro ao final do tratamento, após a fase de resolução ( cura/ reabsorção da calcificação), para estudar as condições do tendão remanescente.

O tratamento cirúrgico, artroscópico, fica reservado para casos resistentes e sintomáticos e/ou casos os quais ocorre a ruptura do tendão.

Capsulite Adesiva

Quando as superfícies da articulação são normais, alinhadas e estáveis e não apresentam bloqueio ósseo, a presença de Restrição da Amplitude de Movimento é classificada como Rigidez.

A Rigidez pode ser: 1- Por uma contratura da cápsula intraarticular, ligamentos, músculos e tendões; 2- Adesões ao longo das superfícies do manguito rotador e bíceps.

A Rigidez ainda pode ser classificada como:
->Primária – Idiopática; processo fibrótico intrínseco capsular sem trauma, cirugia ou rupturas.
-> Secundária: ( 2 %) – Pós trauma, Lesão do Manguito Rotador, Pós Cirúrgico.

Causas 

Apesar de não sabermos a causa específica da doençaa, existem muitos Fatores de Risco/ Predisposição que estão relacionados ao surgimento da Capsulite Adesiva:
– Indivíduos entre 40 – 60 anos de idade; Indivíduos que apresentam Síndrome do Impacto do Ombro; Pós Cirurgia (cateterismo via axilar, dissecção nódulo axilar); Indivíduos com Diabetes Mellitus (10 -20 %); Indivíduos com Doença Radicular Cervical (C5-C7); Alterações da Tireóide – Cardiopatas (isquemia coronariana); Tuberculose Pulmonar; Neoplasias; Alterações Neurológicas (AVC, Parkinson).

Sintomas 

Há 3 fases na História Clínica da Capsulite: 1- Congelamento; 2- Congelado; 3- Degelo/Resolução
Então os sintomas podem variar desde uma dor inespecífico até mesmo um bloqueio total dos movimentos do ombro: elevação dos braço, extensão, rotações…
Queixa muito comum, por exemplo, são mulheres que não conseguem abotoar o sutiã ou homens que não conseguem colocar a carteira no bolso de trás da calça.

Diagnóstico

O diagnóstico é clínico, mas alguns exames são fundamentais:
RX (radiografias)- principalmente para diferenciar e excluir Tumores, Tendinite Calcária, Fraturas, Osteófitos (artrose/ bico de papagaio).
RNM (Ressonância Magnética) para excluir Rupturas do Manguito Rotador por exemplo. E claro, caso precise, lançar mão de outros exames complementares.

Tratamento

Padrão Ouro: Fisioterapia + Bloqueio do Nervo Supraescapular
Claro que o tratamento é individualizado para cada paciente, por exemplo, não se espera uma melhora total da Capsulite Adesiva, se em um paciente com Hérnia Cervical, não abordar o tratamento da coluna cervical. Outro exemplo, são os pacientes com Diabetes descompensada, deve-se fazer esse controle da glicemia concomitantemente ao tratamento da Capsulite. 

Outro ponto muito importante que não podemos subestimar é a questão da dor.
Dor Crônica e Mista.
Podemos lançar mão de usar medicamentos que ajudem na modulação da dor e até mesmo analgésicos importantes como os opióides.
A maioria dos casos de Capsulite Adesiva são de tratamento conservador.
Salvo alguns casos que precisam de Manipulação no centro cirúrgico ou até mesmo um Artroscopia.
A qualquer sinal de dor ou limitação de movimento procure um Especialista em Ombro.

Luxação Glenoumeral

Instabilidade

A articulação glenoumeral é a principal articulação do ombro, se dá entre a cabeça do úmero e a glenoide (cavidade da escápula).

A função essencial do ombro é posicionar a mão no espaço, de modo que ela possa realizar uma determinada tarefa. Ele é a articulação de maior mobilidade do corpo humano, porém a mais instável também. Isso porque a anatomia óssea não oferece estabilidade, por ter uma grande esfera da cabeça umeral equilibrada numa glenoide pequena e rasa.

A estabilidade do ombro é estabelecida por um conjunto de estruturas estabilizadoras passivas (geometria óssea, lábio glenoidal, cápsula, ligamentos e pressão negativa intra articular) e as ativas (músculos do manguito rotador, bíceps braquial, deltóide e escapulotorácicas).

Quando o ombro “ sai do lugar “ , ou seja, uma luxação ou subluxação, há uma lesão do labrum da glenoide.

Labrum é um anel fibrocartilaginoso completo ao redor da glenoide que confere uma maior profundidade e estabilidade para a articulação glenoumeral. E quando é lesionado, estudos comprovam que não há cicatrização do mesmo. Levando a um quadro de instabilidade e/ou luxações recorrentes.

Causas

traumáticas: queda sobre o braço, traumas em práticas esportivas, acidentes automobilísticos…
microgramas repetitivos com lesões por overuse (nadadores, ginastas, trabalhadores braçais , arremessadores, jogadores de vôlei, rugby, handball, entre outros)

Sintomas

No caso de uma luxação traumática aguda o paciente tem dor intensa, deformidade do ombro e incapacidade de movimentar o braço. Trata-se de uma emergência, deve-e ir ao Pronto Socorro ser avaliado por um ortopedista e será feita a redução (colocar o ombro no lugar) após o Rx.

Após o quadro agudo, a maioria dos casos evoluem com uma instabilidade do ombro. Podendo apresentar:

luxação recidivante : são vários episódios de luxação e cada vez mais o ombro “sai do lugar“ com mais facilidade e repetidas vezes.
dor inespecífica, sensação de “braço pesado e cansaço“, apreensão (quando o paciente tem medo do ombro sair do lugar com certos movimentos).

Tratamento

Na verdade, mais de 90% dos casos, evoluem para tratamento cirúrgico. Pois na maioria dos casos, principalmente os jovens, há lesão labral e necessita de uma Artroscopia para reparação do labrum ao osso.

Quando o indivíduo tem acima de 40 anos de idade, o labrum pode manter-se intacto, mas em contrapartida, há ruptura do manguito rotador. Tratando -se também de uma lesão cirurgia na maioria dos casos (ruptura do manguito)

”O tratamento de um ombro que sofre luxações frequentes merece ser estudado com maior atenção. Muitas pessoas que sofreram este acidente se vêem obrigadas a abandonar os exercícios de ginástica, apesar de anteriormente estarem bem qualificadas a praticá-los; aqueles que sofrem deste infortúnio se tornam ineptos as práticas militares. Este assunto deve ser aprofundado, porque não conheço nenhum médico que trate o caso apropriadamente; alguns o abandonam logo de início, e outros tem opiniões e métodos opostos ao que realmente é indicado.”

Hipócrates, há 2400 anos

 

… o único tratamento racional é reinserir o ligamento glenóide (ou a cápsula) ao osso de onde foi arrancado.” 

Bankart, 1939

Lombar

Dor Lombar

“  Doutora, socorro estou com hérnia de disco!! “

“  Doutora, travei!!! ”

“ Meu Deus, quantas alterações na Ressonancia da minha coluna !! “

  • CALMA !

A dor lombar pode atingir até 65% das pessoas ao ano e até 84% das pessoas em algum momento da vida.

A boa noticia é que mais aproximadamente 86 %  ( 80- 90 % ) dos casos não são cirúrgicos.

A presença da Dor Lombar está relacionada a um conjunto de causas como:

– idade, sexo, renda, escolaridade;

– tabagismo, alimentação, sedentarismo;

– trabalho físico pesado, movimentos repetitivos;

– entre outros.

A característica da dor pode ser ao movimento, ao repouso, em facada, pontadas, em queimação, em peso, sensação de choque, dormências, pode irradiar para as pernas… Vai depender de qual ou quais estruturas estão acometidas.

Lembrando que a dor na coluna não se trata apenas de hérnia de disco, ela pode vir de diversas estruturas como músculos, fáscias, ligamentos, facetas articulares das vertebras, discos intervertebrais, raízes neurais, dura- máter.

O tratamento vai desde a mudança de hábitos de vida até medicamentos e infiltrações na coluna.

Claro que o objetivo é ser menos invasivo o possível. A avaliação com um profissional preparado é fundamental.

A reabilitação funcional é nosso principal objetivo, diminuindo as dores para você ( paciente ) poder realizar suas fisioterapias, suas atividades físicas o quanto antes.

O Bloqueio ou Infiltração da coluna está indicado na falha do tratamento conservador ou até mesmo em conjunto com o tratamento conservador.

Trata – se de um procedimento não cirúrgico, sem cortes e sem internação hospitalar.

Se você sofre com dores na coluna, há mais de 06 semanas, pode ser um candidato a fazer um Bloqueio e/ou Infiltração na sua coluna.

Converse com seu médico de confiança!

Tratamento da Dor

O médico Iintervencionista da Dor é responsável por diagnosticar, acompanhar  e tratar pacientes com queixa de dor, seja ela aguda ou crônica.

O Tratamento Iintervencionista da Dor é uma área de atuação médica especializada com o objetivo de acabar com a sua dor. Utiliza aparelhos de imagem, como o US ( ultrassom ), para tratar o local exato utilizando Técnica Minimamente Iinvasivas, geralmente com agulhas, para melhorar sua qualidade de vida, diminuir o uso de medicamentos como por exemplo opioides diminuindo os custos do tratamento e efeitos colaterais medicamentosos.

O procedimento, analgésicos e neuromodulação feito com agulhas ( sem corte, sem incisão ), pode ser realizado em um Hospital Dia, acompanhado por um anestesista que irá aferir sua pressão, monitorar seu coração ( ou seja, extremamente seguro ) além de lhe dar uma sedação para não sentir dor. Para isso não há necessidade de internação, o paciente vai para casa algumas horas após o procedimento.

Se você é um dos 30 % da população que sofre com dor crônica, já tomou remédios ou fez alguns tratamentos por meses e até anos, obtendo apenas alivio temporário e sua dor sempre retorna, o limitando em seu dia-a-dia, sabemos de toda sua dificuldade em achar um tratamento assertivo.

Você, com certeza, é um forte candidato a se beneficiar com o Tratamento intervencionista da Dor!

Coluna Cervical

As dores no pescoço são comum na população em geral. A prevalência pode variar de 26 a 71 %.

Mais de 15% da população geral vai ter dor; cervicalgia crônica ( dor com duração maior que 3 meses ).

As cervicalgias e dores nos membros superiores de origem na coluna cervical , são igualmente causadas por varias estruturas ^ articulações facetarias, disco intervertebral, ligamentos, fáscias, músculos e raízes nervosas.

A alteração da coordenação dos músculos cervicais e alteração da propriocepção do pescoço e dos ombros, ou seja, o desequilíbrio dos músculos do pescoço e ombros,  também podem causar a dor cervical.

Os fatores de risco incluem trabalho repetitivo, longos períodos de flexão cervical ( olhar para baixo ), estresse aumentado, fumo, diabetes mellitus e traumas em pescoço e ombros.

A dor facetaria, a osteoartrite facetaria, ou melhor- os famosos bicos de papagaios nas articulações das vertebras do pescoço, são responsáveis por mais de 67% das dores no pescoço.

A dor cervical esta ligada à múltiplos mecanismos, há substancias envolvidas ( IL 6, oxido nítrico, prostaglandinas… ) as quais são irritantes ao nervo e causa inflamação.

Na falha do  tratamento conservador- medicamentoso, exercícios, fisioterapia, acupuntura – há a possibilidade de se fazer um Bloqueio Cervical.

São as famosas Infiltracoes na Coluna para tirar a dor.

Trata-se de injeção de substancias analgésicas, antiinflamatorias e moduladoras nas estruturas lesadas.

A infiltração na coluna  guiada por Ultrassom (US) se destaca pela ausência de radiação ionizante (RX), pelo menor tempo de execução e possibilidade de visualização dos nervos, vasos, além de facetas e musculaturas responsáveis pela dor.

O tratamento visa diminuir a dor e fazer uma neuromodulação para o paciente poder praticar atividade física e retornar às suas atividades laborais do seu dia-a-dia ( retorno ao trabalho ).

Normalmente é feito em ambiente cirúrgico, porem não há cortes, pontos, não precisa ser `entubado ^ … é realizada uma sedação ( aquela da endoscopia ) e o paciente tem alta no mesmo dia ( após 2-3 h ). Não precisa ficar imobilizado, não precisa de repouso, não precisa se afastar do trabalho.

Orientado apenas a não realizar esforço físico por 2-3 dias.

Se você tem dores frequentes no pescoço, torcicolo, dor que vai ate suas mãos e as vezes ficam ate mesmo dormentes… procure um medico capacitado em Tratamento Intervencionista da Dor .

Joelho

A dor no joelho é uma queixa muito comum durante toda a vida do indivíduo, desde o atleta ao idoso.

Os geradores de dor podem ser estruturas intra-articulares e extra-articulares. E o que estou querendo dizer com isso ? Que a dor do joelho não é somente a artrite/desgaste da cartilagem/ osteoartrose, a dor também pode vir de ligamentos, meniscos, tendões  entre outras estruturas anatômicas.

A causa pode ser pós traumática ( contusão , entorse ), pode ser um desequilíbrio muscular ( muito comum ), sobrepeso sobre as articulações, degeneração, entre outras.

Os sintomas variam de acordo com  causa. São eles: dor e crepitação ( aquele barulhinho que ouvimos, estalido ) ao subir e descer escadas, dor do joelho quando fica muito tempo fletido/dobrado – conhecido como sinal do cinema, dor ao fazer agachamento, dor ao fazer a marcha anserina ( agachar e imitar um pato andando ). Pode também apresentar falseio ( joelho bobo ), bloqueio ( trava ) ou derrame articular ( famosa “ água no joelho ).

Patologias do Joelho que podem ser Tratadas com o Intervencionismo na Dor :

– Artrose /Osteoartrite;

– Síndrome Femoro-patelar;

– Tendinopatia patelar e quadríceps;

– Condropatia patelar;

– Bursite pré patelar e infra patelar;

– Síndrome da banda iliotibial;

– Lesao meniscal medial e lateral degenerativa;

– tendinopatia da pata de ganso ( flexores joelho );

– Cisto de Baker.

É claro que o tratamento inicial consiste na avaliação global do pacinete, atividade laboral e física, incentivo à redução de peso se necessário, harmonização muscular de todo o envelope do joelho, descartar lesão cirúrgica ( sempre!), tudo isso associado ao estímulo à prática de atividade física e/ou fisioterapia e medicamentos conforme necessário.

O Bloqueio dos nervos sensitivos do joelho em conjunto à Medicina Regenerativa com Infiltrac”oes de ácido hialurônico ou outros componentes ortobiológicos, como o aspirado de medula óssea, é útil na falha de tratamento conservador ou até mesmo associado à ele para ter uma melhora mais efetiva e uma reabilitação mais precoce do indivíduo e até mesmo na prevenção de progressão da condropatia para uma artrose.

Vale lembrar que nossos pacientes aqui do Instituto Bem, são sempre orientados a um acompanhamento com cirurgião de joelho para descartar a real necessidade de tratamento cirúrgico. Pois ao contrário das outras articulações, na artrose do  joelho existem alguns critérios que se presentes atrapalham o tratamento definitivo numa colocação de prótese, não podemos deixar evoluir para uma perda óssea no local em que será feita a sustentação da prótese. Outro exemplo na cautela dos bloqueios é a lesão do ligamento cruzado, onde até se prove ao contrário, tem indicação cirúrgica. A não reconstrução ligamentar ( principalmente em pacientes jovens ) leva à uma instabilidade crônica e muito provavelmente a uma artrose avançada precoce.

Claro que visamos sempre o tratamento conservador e tentar evitar ou postergar uma cirurgia, contando que isso não piore o quadro do nosso paciente futuramente.

A ética médica e o bem-estar do paciente são valores muito importantes para nós aqui do Instituto Bem.

Se você apresenta dor persistente nos joelhos procure e converse com um médico especialista em Intervencionismo na Dor para avaliar se você é um candidato à infiltração e bloqueios.

Infiltração de Quadril

Se você possui uma dor no quadril sem melhora ao tratamento conservador – medicamentoso, fisioterápico e atividade física – pode se beneficiar com a Infiltracao do Quadril.

São usadas técnicas para bloquear a sua dor e ao mesmo tempo tratar a sua tendinite, bursite e artrose do quadril. Com isso tratando as inflamações tendinosas e o desgaste da cartilagem da articulação do quadril.

O Peng Block é uma técnica de bloqueio publicada em 2018 em que os principais alvos neurais são os ramos articulares dos nervos obturador, obturador acessório e femoral.

A infiltração de acido hialurônico faz parte da Medicina Regenerativa, muitas vezes associado ao bloqueio, ela é infiltrada diretamente na cartilagem do quadril do paciente, guiado por Ultrassom, associado ou não à ortobiologicos. Além da cartilagem, pode -se infiltrar bursa – Bursite Trocanterica –  e os tendões glúteos médio e mínimo.

Se você sofre com Dores Cronicas no Quadril, procure seu medico de confiança e veja se você é um candidato a este tratamento.

Ombro

“ Dor ao deitar sobre o ombro “

“ Dor ao elevar o braço “

“ Dor ao pentear o cabelo “

“ Dor ao segurar um objeto, falta forca “

“ Dor ao colocar a roupa no varal “

“ Dor ao pegar a carteira no bolso de tras da calca “

“ Dor ao abotoar o sutiã “

“ Dor ao pegar um objeto em cima do armário “

“ Dor e cansaco no braço “

“ Dor ao fazer supino na academia “

“ Dor ao me pendurar na barra do CrossFit “

“ A dor me acorda a noite toda, não consigo dormir “

Voce sabia que o Ombro é a articulação mais móvel e mais instável do corpo humano? Para mante-lo no lugar e funcionando corretamente há muito esforço de nossos músculos, tendões ( o famoso manguito rotador ), ligamentos, cartilagem e articulações; cada uma dessas estruturas pode ser uma causa da sua dor.

Saiba algumas patologias do Ombro que podem ser tratadas com o intervencionismo na Dor:

– Artrose do Ombro ( osteoartrite glenoumeral);

– Artrite Acromioclavicular;

– Ombro Congelado ( capsulite adesiva );

– Bursite do Ombro;

– Tendinopatia do Manguito Rotador;

– Lesão Labral degenerativa;

– Tendinopatia do Biceps;

– Ruptura Parcial do Tendao do Ombro ( manguito rotador );

– Sindrome do Impacto do Ombro;

– Tendinite Calcarea.

Claro que o tratamento não se baseia apenas nas intervenções, primeiramente o paciente é avaliado como um todo, estimulando a prática de exercicios ( adequados para sua patologia ) , fisioterapia, medicamentos quando necessário.

O tratamento conservador para o medico sempre é a primeira opção, a intervenção  , como minimamente invasiva, ela é uma aliada quando há falha do tratamento conservador ou até mesmo em conjunto para reabilitar o paciente o mais rápido possivel.

Para as patologias do ombro, temos o bloqueio dos nervos responsáveis pela inervação sensitiva, aqueles que geram a dor no ombro, como por exemplo o nervo supraescapular e o nervo axilar. Combinado ou não aos bloqueios, entra a Medicina Regenerativa, em que usamos ortobiologicos ( como o acido hialurônico por exemplo ) para o reparo das lesões, lubrificação da articulação, fortalecimento do tendão, entre outros.

O Bloqueio no Ombro, como os demais procedimentos, é minimamente invasivo, ou seja, um procedimento simples, guiado por agulhas próprias guiadas por imagem de aparelho de Ultrassom ( US ), sem emissão de radiação, feito sob sedação para não sentir dor e liberado após algumas horas para ir para casa.

Se você sofre com dor no ombro persistente, procure um medico Intervencionista na Dor e veja se esse é o seu caso.

** lembrando que as ruptura totais do manguito rotador do ombro geralmente são cirúrgicas e tem que ser muito bem avaliado por um Especialista em Artroscopia de Ombro, membro da SBCOC ( Sociedade Brasileira de Cirurgia de Ombro e Cotovelo ).

Síndrome do Tunel do Carpo

”Dor nas mãos?

O dedos adormecem?

Parece que estão pegando fogo?

Não tem firmeza, as coisas caem da sua mao?”

Calma, leia o artigo abaixo e veja que tem solução.

Síndrome do túnel do carpo é uma neuropatia resultante da compressão do nervo mediano no canal do carpo (do grego, punho), estrutura anatômica que se localiza entre a mão e o antebraço. Através desse túnel rígido, além do nervo mediano, passam os tendões flexores que são revestidos pelo tecido sinovial. Qualquer situação que aumente a pressão dentro do canal provoca compressão do nervo mediano e a síndrome do túnel do carpo.

Lesões por Esforço Repetitivo (conhecida como LER) são as principais causas — os movimentos repetitivos, como digitação. Existem outras causas como traumas na região, quedas ou fraturas. A síndrome também pode estar ligada a um tumor, uma inflamação (como a artrite reumatoide) ou mesmo distúrbios e medicamentos, além de ter associação com alterações hormonais (como na menopausa e gravidez). É mais comum em mulheres de 30 a 50 anos.

Os sintomas dessa síndrome são: dormência, queimação e formigamentos nas mãos e dores nos dedos. Em alguns casos as dores são intensas que o indivíduo acorda durante a noite com a sensação de queimação, ou dor, devido à posição da mão.

É recomendado procurar um médico para testes: Phalen (ao dobrar o punho e mantê-lo curvado durante um minuto é possível saber se há pressão no nervo) e o teste de Tinel (verifica o nervo mediano, se comprometido há sintoma de choque). Em alguns casos é realizado o exame de eletroneuromiografia. O diagnóstico é imprescindível para a conduta do médico, que pode receitar um anti-inflamatório não hormonal ou imobilizar o pulso. Caso o paciente não tenha melhora é possível realizar infiltração com anestésico local e corticóide no canal do carpo, ou o paciente é indicado para cirurgia.

Rizartrose

A rizartrose é uma artrose (osteoartrose) que atinge uma parte específica do corpo: a articulação do dedo polegar. Essa articulação, chamada de trapezometacarpiana, é formada por um pequeno osso do punho, o trapézio e a base do primeiro metacarpo. Responsável por promover uma ampla variedade de movimentos, incluindo a oponência do polegar (movimento de pinça), a articulação está propensa ao desgaste precoce e degeneração.

As causas da rizartrose podem ser devido ao desgaste natural das articulações, causas genéticas e à movimentação intensa do polegar que contribuem para manifestação precoce da doença, como o uso excessivo de equipamentos eletrônicos. O uso sem limites pode comprometer as estruturas articulares, resultando numa inflamação (artrite) que pode evoluir para um quadro degenerativo.

Como em qualquer processo de artrose, os sintomas podem variar com a gravidade da doença. A dor na base do polegar é uma constante e a tendência é que fique mais intensa seguindo a execução de atividades mais vigorosas ou repetitivas (como escrever, digitar, usar o mouse do computador ou abrir uma garrafa), podendo ter rigidez, deformidade e fraqueza dessa articulação.

O tratamento pode ser conservador em que pressupõe repouso, aplicação de gelo, uso de anti-inflamatórios e redução das atividades que desencadeiam os sintomas. O uso de tala ou órtese de imobilização também é recomendado para aliviar a dor e proporcionar suporte ao polegar. Caso o tratamento clínico não tenha efetividade, pode-se realizar infiltração da articulação com anestésico local e corticóide.

Para quadros mais avançados ou mesmo para confirmação da patologia, é imprescindível contatar um médico especialista. Em casos mais extremos, uma intervenção cirúrgica pode ser indicada.

Fascite Plantar

“ Doutora, quando eu acordo e vou me levantar, ao pisar no chão parece que tem um prego entrando no meu calcanhar .”

Você sente essa sensação nos pés mesmo sem ter esporão? Pode ser Fasceíte Plantar , e NÃO, não é preciso ter esporão nos pés para sua planta do pé inflamar.

Leia o artigo abaixo e entenda.

Fascite plantar é um processo inflamatório ou degenerativo que afeta a fáscia plantar, um tecido fibroso, pouco elástico, que recobre a musculatura da sola do pé em toda sua extensão, desde o osso calcâneo até os dedos dos pés.

As causas de fascite plantar não são completamente conhecidas, mas sabe-se que existe alguns fatores de risco para o desenvolvimento da doença, como: obesidade, atividade esportiva de impacto (correr, saltar, dançar), quando as pessoas permanecem por longos períodos de pé, idade, pé cavo/pé plano, pisada errada, dentre outros.

Os principais sintomas da fascite plantar são: sensação de dor quando apoia o pé no chão ao levantar, dor em pontada e/ou aumento da sensibilidade no calcanhar, incapacidade de apoiar o calcanhar no chão devido ao impacto, inchaço e vermelhidão.

O tratamento geralmente feito à base de medicamentos e fisioterapia, visando a diminuição da dor, controle do processo inflamatório, orientações e reequilíbrio muscular através do fortalecimento, além de infiltrações da fáscia plantar quando indicado. Caso haja falha do tratamento conservador, pode ser indicado procedimento cirúrgico.

Bloqueio Simpático Nervoso

Já ouviu falar no Soro da Dor? Aquele sorinho na veia que trata suas dores, inclusive a Fibromialgia?

O bloqueio simpático venoso (BSV) é um procedimento visando a melhora das dores crônicas. A ação anestésica nas terminações nervosas do endotélio vascular (camadas que revestem as células dos vasos sanguíneos) com o objetivo de interromper os impulsos sensoriais e, desta forma, promover alívio e até mesmo eliminar por completo a dor.

Entre as patologias que podem ser tratadas com o BSV estão: fibromialgia, síndrome dolorosa miofascial, síndrome complexa da dor regional, neuralgia pós-herpética, neuropatia diabética, dor central.

O tratamento é feito através da administração intravenosa de uma substância chamada lidocaína (anestésico local), que pode ser adicionado outras substâncias como cetamina. A infusão dessa solução leva entra em 30 -60 minutos e deve acontecer em ambiente ambulatorial ou no centro cirúrgico e com monitoramento do paciente.

O procedimento é absolutamente seguro, mas deve ser indicado e acompanhado por médicos especialistas da medicina da dor.

Fibromialgia

Você já teve a sensação de acordar sempre cansada, por mais que tenha descansado na noite anterior ?

Dor pelo corpo todo, distúrbio do sono , irritabilidade…

Se você é mulher , entre 35-44 anos, que se identifica com essas queixas, saiba que pode ser portadora de Fibromialgia.

Mas saiba também que existe tratamento e qualidade de vida para você.

O tratamento é recomendado sempre individualizando as necessidade de cada paciente. Como falado: desde exercícios, medicamentos e até mesmo uma terapia chamada Bloqueio Simpatico Venoso ( BSV ). ( * )

E o mais importante : você não é a Fibromialgia!

Voce é um ser humano que tem sim a fibromialgia, mas nem todas as dores que terá em sua vida a fibromialgia sera a causa.

Então sempre que tiver uma dor persistente, como qualquer outro paciente, procure seu medico e investigue. Pois quem tem fibromialgia pode ter hernia de disco, ruptura de tendão do ombro, lombalgia, dor nas costas por outros motivos, que não a fibromialgia.

Quer saber um pouco mais? Leia o artigo abaixo.

A Fibromialgia (FM) é uma síndrome dolorosa crônica de etiopatogenia multifatorial complexa, não totalmente conhecida, que acomete preferencialmente mulheres, sendo caracterizada por dores musculoesqueléticas espalhadas e sítios dolorosos específicos à palpação–tender points, associados frequentemente a distúrbios do sono, fadiga, sintomas somáticos e cognitivos e distúrbios psíquicos.

     A FM comumente é mais prevalente entre mulheres. No Brasil, está presente em até 2,5% da população geral, predomina no sexo feminino, principalmente entre os 35 e 44 anos.

     O diagnóstico da FM é clínico e se baseia em critérios do American College of Rheumatology de 1990 (ACR 1990),e que mais recentemente foi atualizado em 2010 (ACR 2010).

A classificação de FM de acordo com os critérios ACR 1990 depende, primariamente, da presença de dor difusa (acima e abaixo da cintura, dimídio direito e esquerdo e axial) e do exame físico dos pontos dolorosos (presença de 11 de 18 pontos dolorosos); já os critérios ACR 2010 são baseados no número de regiões dolorosas do corpo e na presença e gravidade da fadiga, do sono não reparador e da dificuldade cognitiva, bem como na extensão de sintomas somáticos.

     Quando comparados com a artrite reumatoide, pacientes com FM têm risco aumentado de sintomas somáticos (67%), depressão (55%), síndrome do pânico (35%) e agorafobia (30%).

Além disso, apresentam piores índices de dor, de qualidade do sono e de qualidade de vida. 

     Os sintomas somáticos, a sensação do acordar sem descanso e outros problemas com o sono, a queda da cognição, a fadiga e os distúrbios de humor são variáveis fortemente correlacionadas com a contagem de pontos dolorosos e o índice de dor generalizada em pacientes com FM.

    A estratégia para o tratamento ideal da fibromialgia requer uma abordagem multidisciplinar com a combinação de modalidades de tratamentos não farmacológico e farmacológico. 

      O tratamento medicamentoso envolve a prescrição de antidepressivos, anticonvulsivantes, relaxantes musculares, dentre outros e de acordo com os sintomas do paciente. O tratamento não farmacológico como exercícios físicos, alongamentos, terapia cognitivo comportamental e acupuntura mostraram-se benéficos no tratamento da fibromialgia.

( * ) O Bloqueio Simpatico Venoso, nada mais [e que algumas medicações analgésicas que o paciente recebe na veia, como se fosse um “ Soro “, que ira neuromodular os seus receptores de dor. Aliviando sua dor no momento , mas também diminuindo as crises de dor e dessensibilizando as suas dores. Ou seja, ele é um tratamento de alivio para dor, mas também trata a causa da dor, pois ele age na parte do Sistema Nervoso Central que regula a sua Dor.

Você já se cuidou hoje?

Pode parecer clichê até mesmo piegas, mas é sincero e sensato.

Sou ortopedista, atuo na prevenção , estudo e tratamento de problemas e doenças que afetam tendões, ligamentos, músculos, articulações e ossos.

Mas o corpo humano é totalmente interligado e conexo. Não há como trabalhar um ombro sem trabalhar o todo.

E o todo compreende desde as articulações correlacionadas ao ombro ( cintura escapular, coluna cervical ) até mesmo a parte psicossocial .

O tratamento, a cura, começa já no princípio do querer, de olhar para nós mesmos, na procura da ajuda médica e sobretudo em nos ajudarmos.

Para mim, o mal da humanidade  atualmente é a “falta de tempo“.

Alguns pacientes me procuram e quando estudamos e traçamos um tratamento, o mesmo alega não ter tempo para se cuidar. E quer apenas um remédio e uma fórmula mágica.

Eu mesma gostaria de uma fórmula mágica (risos), mas não existe!

Se não nos organizarmos e acharmos esse tempo para nos cuidarmos, podem ter a certeza que “esse tempo“ nos achará. Aquela “travada”  ou dor lancinante que não nos permite fazer absolutamente nada. E é aí que sempre digo aos meus pacientes: Devagar e sempre!

O mundo e os acontecimentos têm nos mostrado, cada vez mais, a importância do autocuidado e das prioridades em nossas vidas. Darmos o devido valor para as coisas simples e essenciais.

A alimentação saudável (aquela caseira, da vovó, sabe?), a prática de atividade física, a convivência em família e amigos, a saúde mental e social.

A vida é feita de equilíbrio, nem tanto à terra, nem tanto ao mar…

Por isso mais uma vez eu te pergunto: 

 

Você já se cuidou hoje ? 

 

Renata Fátima Oliveira Siqueira